Quarentena tem dessas coisas. Nada para fazer e tudo por fazer. Como pode ?
Quando estávamos envolvidos nas nossas rotinas, não tínhamos tempo para nada; era o que reclamávamos... Hoje que não podemos sair, nos dizemos entediados e sem nada para nos ocupar.
Mas ... Quarentena tem dessas coisas...
As conversas voltam a todo instante para lugares onde estivemos, ou para eventos dos quais participamos, ou para hábitos que cultivávamos em outros tempos. A quarentena tem uma nota de nostalgia...
Algumas tarefas têm cara de quarentena, como as limpezas de armários, a organização de velhos retratos, roupas antigas a serem doadas - tudo junto com a promessa sincera de que nunca mais vamos acumular tanta coisa ! rsrs
Ver fotos antigas é uma distração extra. Revivemos momentos queridos, vemos rostos amados...
Mas já tiveram uma seção dessas fotos ? Já se depararam com aquelas fotos que não desejariam que ninguém visse ? Penteados estranhos, roupas “infotografáveis” ! rsrs Calças boca de sino com camisas justas, estampado combinando com listras, ombreiras enormes ... Moda ...
Moda tem tempo de validade. E serve para tudo.
Antigamente não havia festinha infantil sem ‘cajuzinho’ ; e hoje ? Houve época que a moda era ter um cachorro ‘Pequenez’ ; hoje estão extintos ! Depois teve a moda dos Dobbermans, dos quais nem se fala hoje em dia...
Fico pensando como tudo é efêmero na vida humana. As pessoas, os gostos, as sensações...
Tudo é ciclo. Quando acaba, passa. Vamos em frente e esquecemos o que foi um dia.
Mas , ora ! É esse o segredo !! O vírus é uma moda ! Vai passar !
E ninguém mais vai lembrar do ano fora do tempo , da preguiça, do tédio ...
Vai passar...
Waulena d'Oliveira
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Querida Veronica, só agora consegui ler os comentários. Desculpe a demora !
Mas é tão bom quando se vê reciprocidde de emoção !... Tão bom perceber que conseguimos dizer o que queríamos !..
Obrigada por essa parceria de viagem.
Bjsss, Wau
Veronica de Nazareth-Noic@ disse:
... E, sim, "quarentena tem dessas coisas", de puxarmos conversas mudas - nem chega a monólogo-, marcada por no máximo um ar de riso.
Quiçá, mais de um suspiro, um rubor na face, quando o olhar cai em uma foto onde à barra do vestido ficou alguns centímetros acima ou uma alça escorregou e o quase nada foi tão grande apelo sensual.
Sim, "quarentena tem dessas coisas" todas que, de súbito, nossa alma puxa à cadeira das lembranças, serve um chá em uma bela chávena antiga e o sabor forte mas delicado da maçã com o anis, reconstrói vidas fatiadas.
Obrigada pela viagem mental-emocional que me permitistes ao ler tua coluna.
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