Nas turbulentas águas que defronto pelo espelho,
Sei que a saudade de mim,
Convida-me à um passeio pelos céus.
Adentro num mundo de sonhos,
Acalentando a alma que nada pretende dizer.
Ouço meu próprio silêncio,
E me encontro em castelos imaginários.
Por entre luas, planetas e sons,
Apoio-me na cauda dos cometas,
Seguindo o rastro,
- predestinado pelos astros,
Despertando dum outro lado,
- bonito como nunca se mostrou.
Pela boca o sopro de corações alados,
Gotas de alegrias,
- aguando jardins floridos,
- e na temperança, infindáveis adornos coloridos.
Do meu eu faço um romance,
- entre sílabas mal pronunciadas,
- com reticências a perder de vista,
- e dentre memórias, vivo por soletrar o meu nome.
- (somente o meu).
Ora feita de alegria,
- ora feita de melancolia,
Retorno ao ponto inicial.
- frases também chegam ao destino final.
E nas linhas em que escrevo,
Deixo as marcas nas entrelinhas,
Habitando uma esfera sem igual,
Soltando na estrada,
- pedaços de minhas próprias metáforas.
“Espera por ti”!
- Eis o convite da imaginação.
“Sublima teus sonhos”!
- Eis a resposta transcrita nas páginas em branco.
Quanta falta que eu me faço....
- e de certa forma, volitando pelo paraíso que construí,
- vou devolvendo à minha vida, o que na verdade, nunca perdi...
Completar-me-ei por inteiro.
Viajarei pelos confins do Universo.
Abdicarei, se necessário for,
- dos meus próprios versos.
Para que um dia,
Sem que eu mesma note,
A saudade de minhas lembranças,
- Há de se transformar, apenas,
- Num belo poema de Amor...
Angela Lazzari
(Aos vinte e quatro dias do mês de Novembro de 2019).
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