SEM-TERRA é invariável. O plural é “Os sem-terra”. Não se pode fazer analogia com “sem-razão” ou “sem-vergonhezas”, pois esses dois funcionam como substantivos. Já “sem-terra” tem a posição e a função de um verdadeiro adjetivo, pois existe sempre um referente externo a ele, (expresso ou elíptico) querendo dizer alguém sem-terra.
O mesmo vale para “os fora da lei”, “sem-sal”, “sem-teto”, “sem-pão”, “sem-vergonha”
Dúvidas com “Estado-nação” ou “Estado-Nação”. A expressão estaria entre as formações de substantivo +substantivo. Tem o sentido de estado que é nação. Essa expressão foi cunhada pela história para se referir à unificação da Itália e Alemanha. O plural seria Estado-nação? Se “estado” vai com maiúscula, melhor fazer o mesmo com “nação”. Eu usaria o plural como ESTADOS- NAÇÃO.. Muitos linguistas não concordam, portanto, use o que lhe parecer mais lógico. Cito como exemplo “DECRETO-LEI”. Muitos juristas usam “decretos-leis”. Para mim seria um decreto que tem a força de lei, portanto, o plural deveria ser “decretos-lei”.
Há uma forte tendência de tratar o composto como substantivo +substantivo, como formas variáveis. Em vez de usarem “horas-aula”, “palavras-chave”, “folhas-padrão”, (que é a flexão canônica) cada vez mais aparecem formas como “horas-aulas”, “palavras-chaves”, “folhas-padrões”. Se temos a oportunidade de escolher entre as duas formas, continua valendo o princípio fundamental: O estilo é a soma das nossas opções. Quem usa Estados-Nação, horas-aula, palavras-chave revela sensibilidade linguística.
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